FLUINDO HOMEM
de : Gilmaré
busco Ver-te
vejo Carne,
vejo o pó,
o barro trabalhado,
arte,
muita arte,
muita arte sim,
O que tens na cabeça?
teus miolos
tuas lamas!
Terra,
tu és terra,
tu és terra sim.
E eu que nem posso ver-te
pois nem sei onde estás
se nos olhos
se na língua
se nas pernas
ou cabeça
busco ver-te muito além
quero a fonte do teu ser
onde nasces todos os dias
em minutos e segundos
pois bem sei que vens de um mundo
de um mundo muito além
do além
além-do-além
renascendo
ressurgindo
reluzindo
nas paredes deste mundo
deste céu que se finda
no princípio do teu ser,
Ignoro,
pois tu és menogesto,
és olhar,
és sorrir,
és falar,
quero ver teu coração
se aí teu ser está
eu quero te pegar com as mãos
mas tu és menogesto,
és olhar,
és sorrir,
és falar,
quero te conter num frasco sólido
ressentir tua alma gélida
reluzindo em rosas pálidas
pois assim fica explícito
mas tu és menogesto
és olhar
és sorrir
és falar
2 comentários:
Perdi-me nesse "fuido"
FANTÁSTICO!!!
"quero ver teu coração
se aí teu ser está
eu quero te pegar com as mãos"
E se existe perfeição
você a buscou
onde ela estava...
PERFEITO!!!
Abraços
vanda
A invisibilidade do ser humano me espanta, e o susto me cura das máscaras dos corpos que deslizam. Sombras, vozes e sussurros me acalentam, e visto a existência no corpo como camisa de força!
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