terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

PENSAFALAMENTOS

PENSAFALAMENTOS
de: Gilmaré SFerreira



fla fla fla
fla fla fla
fla fla fla

               fla fla fla
               fla fla fla
               fla fla fla
                               fla fla fla
                               fla fla fla
                               fla fla fla

                                                fla

                                                      falas, falas, falas
                                                                               falas, falas, falas
                                                                                                        falas, falas, falas
                                                                                                                                   falas

o pensamento cheira como flor
multicolor é o jeito de falar
o pensamento tonto,
estranha nave

minha cabeça
é plataforma
e a plataforma?
é plataforma.


O pensamento êxtase terreno
extra terreno
não tem forma
a sua forma é...

o pensamento se transforma
estranhas formas
se transforma
estranhas formas...

falas,
falas musicais,
falas tateantes
falas perspiscantes

falas avessamente despetafaladas
falas mudas

falas
pensafalamentos, pensafalamentos, pensafalamentos

falas
pensafalamentos, pensafalamentos, pensafalamentos

êh blablablableblelelerê     êh blablablableblelelerê
êh blablablableblelelerê     êh blablablableblelelerê
êh blablablableblelelerê     êh blablablableblelelerê


falas
pensafalamentos, pensafalamentos, pensafalamentos

falas
pensafalamentos, pensafalamentos, pensafalamentos






terça-feira, 3 de junho de 2008

Autópsia do Silêncio

FLUINDO HOMEM
de : Gilmaré


busco Ver-te
vejo Carne,

vejo o pó,
o barro trabalhado,

arte,
muita arte,
muita arte sim,

O que tens na cabeça?

teus miolos
tuas lamas!

Terra,
tu és terra,
tu és terra sim.

E eu que nem posso ver-te
pois nem sei onde estás

se nos olhos
se na língua
se nas pernas
ou cabeça

busco ver-te muito além
quero a fonte do teu ser
onde nasces todos os dias
em minutos e segundos

pois bem sei que vens de um mundo
de um mundo muito além

do além
além-do-além

renascendo
ressurgindo
reluzindo

nas paredes deste mundo
deste céu que se finda
no princípio do teu ser,

Ignoro,
pois tu és menogesto,

és olhar,
és sorrir,
és falar,

quero ver teu coração
se aí teu ser está
eu quero te pegar com as mãos

mas tu és menogesto,

és olhar,
és sorrir,
és falar,

quero te conter num frasco sólido
ressentir tua alma gélida
reluzindo em rosas pálidas
pois assim fica explícito

mas tu és menogesto

és olhar
és sorrir
és falar

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Autópsia do Silêncio

Fluindo Homem - de Gilmaré

Poema vencedor de vários festivaisde poesias, 1° lugar no V FAMA festival de poesia e música de Monte Alegre editado no livro Tira-Gosto de Poesia de Gilmaré no ano de 1999 pela editora Ideográfica eStar GrafGoiânia - GO - Brasil Tira-Gosto de Poesia - 144 páginas - 18 poemas Descrição: Autópsia do Silêncio - poema - Fluindo Homem Este poema foi escrito no Reveillon de 1979/80 durante os primeiros segundos do ano.
" O Homem pode viver sem os seus braços, suas pernas, seus olhos,sua boca, nariz, etc, e olhando para ele, descobriremos que o homem é invisível como Deus, mesmo estando mutilado,ele ainda existe e se manifesta no corpo."